Foto: Divulgação/Agência Belém e Agência Brasil. Uma auditoria será realizada nos gastos da prefeitura de Belém
A Prefeitura de Belém iniciou uma auditoria para examinar a aplicação dos recursos destinados à comunicação na gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues (Psol). O levantamento ocorre após denúncias de que os R$ 28 milhões do orçamento da área foram utilizados, deixando um saldo negativo de R$ 18 milhões.
A extinta Coordenadoria de Comunicação Social (Comus) teria acumulado pendências financeiras. A nova administração, sob o comando do prefeito Igor Normando (MDB), afirmou que os débitos serão pagos de forma parcelada devido às restrições orçamentárias. O secretário de comunicação destacou a limitação de menos de R$ 1 milhão mensais para cobrir todas as demandas do setor, incluindo imprensa, publicidade e folha de pagamento, em um ano que Belém sediará a COP30.
A auditoria identificou contratos sem comprovação formal, como a contratação de bike-som por um prestador sem empresa registrada. Também foi constatado um atraso de 13 meses nos pagamentos à agência de notícias que prestava serviços à prefeitura, acumulando uma dívida de R$ 400 mil.
Posicionamento da gestão anterior
Em nota, a gestão do ex-prefeito Edmilson Rodrigues afirmou que não há irregularidades e que as contas sempre foram conduzidas com transparência e responsabilidade. O comunicado ressaltou que o endividamento municipal não é um caso isolado e ocorre em diversas cidades do país, conforme dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
A nota também critica a abordagem da atual administração, afirmando que o prefeito Igor Normando deveria ter se preparado melhor para a transição. A gestão anterior argumentou que, ao invés de buscar soluções, a nova administração estaria priorizando declarações públicas sobre dificuldades financeiras. Também apontou cortes em programas sociais, como a redução de investimentos no Bora Belém e o fechamento do Restaurante Popular, enquanto aumentava o número de cargos na prefeitura.
A antiga gestão defendeu que trabalhou para superar desafios financeiros e reforçou que a prioridade deve ser a continuidade dos serviços à população.
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